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Mergulhar

Eu mergulho no momento certo

Eu flutuo no momento certo

Eu evito a onda que se aproxima

Ou ao contrário, eu me sirvo dela

As ondas ou os amores: é igual

Eu sei nadar, eu sei voar

Eu me lanço

Ora a onda me bate

Ora a onda me carrega

A gente sente que é uma felicidade estranha

(Je Nage / Burger & Cadiot + Deleuze)

Basta ignorar ou fazer pouco da presença e vontade do outro para que nossa ferida se amplie: sentimo-nos como que atacados ou como que abandonados à nossa própria sorte. De toda forma, restamos sozinhos.

A felicidade, essa estranha, pode ser efeito de prestar atenção e então conseguir distinguir, se aproximar e se aliar com aquilo e com quem a vida se amplia e se realiza. Saber distinguir para então me afastar do que vai me devorar.

Evitar ou se servir, compor com isso a minha vida. Se lançar ou virar o rosto e ir embora.

Terapia pode ajudar a melhorar nossas sensibilidades para esses movimentos fundamentais da existência. Pode me chamar ou me indicar para quem esteja pedindo referências.

Jacqueline Magalhães Paiva

CRP 06/171325