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Sobre Terapia

“Importa quais histórias contamos para contar histórias; importa quais nós atam nós, quais pensamentos pensam pensamentos, quais descrições descrevem descrições, quais vínculos criam vínculos. Importa quais histórias fazem mundos e quais mundos fazem histórias.” Donna. J. Haraway

Eu preciso ser muito sincera: psicoterapia (também chamada apenas de terapia) é um processo complexo, único e não necessariamente agradável, fácil. Um processo psicoterápico requer de nós coragem.

Eu, por exemplo, tenho mais de 35 anos e os jeitos como eu vivo e penso a minha vida carregam elementos muito mais antigos que a idade do meu corpo. São elementos, comportamentos, dificuldades, temores, alegrias e vontades que são ensinados e aprendidos de geração em geração, e que dizem sobre a história de um grupo, de uma família, de um país, de uma infância, de uma adolescência, de tudo para o qual foi dito ou eu mesma disse “sim” ou “não” até aqui.

Cada processo psicoterápico é complexo e único porque desconhecemos que nossos jeitos de funcionar, de organizar o mundo e de reagir ao que nos acontece são formados conectados a aprendizagens, seleções e interferências diversas que escapam da nossa consciência e da capacidade de racionalização. Daí, repetimos, repetimos e repetimos sem perceber. Adoecemos.

E pela sucessão de repetições nunca descritas, nunca analisadas, acabamos por naturalizar um comportamento, uma ideia sobre quem somos, sobre o que é a vida e sobre como devemos vivê-la. Repetimos comportamentos e vieses mesmo quando já estamos exaustas de tanta repetição, mesmo quando a vida está mais fraca que nunca, mesmo quando o corpo está extremamente cansado.

Por isso, viver uma psicoterapia exige um mínimo de coragem. É preciso uma quantidade específica de esforço e dedicação para que se saia do cansaço constante de um corpo que só quer desabar. E vai ser com trabalho e apoio da dupla paciente-psicóloga, no trajeto de uma terapia, que talvez se consiga abrir espaços e possibilidades para existir além de um sofrimento, religando pontos, atando e desatando nós, contando e recontando histórias, e se implicando com aquilo tudo que escolhemos para compor com nossa vida.

Terapia é uma experiência e pode ser uma necessidade da sua vida nesse momento. Você sente que está precisando criar um novo fluxo de vida para sair de um ciclo de repetições? Seu corpo já não aguenta mais? Entre em contato comigo. Um acompanhamento psicológico pode lhe ajudar.